Ciencias da Analise Comportamental
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Ciencias da Analise Comportamental

O comportamento é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido.Assim este forum foi criado para debates, apresentação de artigos, praticas de analise e etc..
 
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 Evolução do Homem

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Admin.Mauricio
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MensagemAssunto: Evolução do Homem   Evolução do Homem Icon_minitimeSeg Nov 15, 2010 12:06 am


As bases evolucionistas da biologia, é uma ferramenta indispesavel para o melhor entendimento do comportamento em vários aspectos, sendo assim uma postagem, esta, na qual trás um olhar muito resumido do que é evolução e aplicada ao ser humano.
Boa leitura, e qualquer duvida sobre evolução interferindo no comportamento reportar a mim.
Mauricio Dália




A
EVOLUÇÃO
DO
HOMO SAPIENS

"Nada em biologia faz sentido excepto à luz d a evolução"
Dobzhansky





INTRODUÇÃO
A evolução da vida na Terra não pode ser o resultado de um único passo do acaso.
Mas pode ser o resultado de uma série de aperfeiçoamentos graduais, a partir de estruturas
simples e de minúsculas mudanças suficientes para serem passíveis de ocorrência casual e que
foram ocorrendo uma após a outra em sequência. Entretanto, essas mudanças podem
acumular-se e a mudança gera um ganho em termos de adaptabilidade. Com o passar do
tempo, diferentes linhagens de organismos foram modificados com descendências adaptadas
aos seus ambientes.
A reprodução envolve um conjunto de mecanismos que permitem fazer a “ponte” entre o
passado e o futuro. É graças à reprodução que a vida se perpetua e o nde se assegura a
passagem da informação genética para o futuro, existe assim uma fidelidade a um programa
genético e simultaneamente gera -se diversidade.


EVOLUÇÃO
Há cerca de 200 milhões anos (M.A.), no início da era Mesozóica - a era dos répteis - quando
surgiram os primeiros dinossáurios, aparece pela primeira vez a indicação da presença dos
mamíferos. Estes primeiros mamíferos, actualmente considerados descendentes de répteis
apenas deixaram para a posteridade pedaços de crânios, dentes e mandíbulas ma s foi o
suficiente para se obter muitas informações sobre esses animais.
Até há cerca de 65 M.A. os mamíferos continuaram a sua existência nocturna discreta, até que
os dinossauros se extinguiram. A libertação de tão grande número de nichos ecológicos
provocou uma explosiva radiação adaptativa, surgindo em muito pouco tempo, do ponto de
vista geológico, todas as principais ordens de mamíferos actuais: monotrématos, marsupiais e
placentários. Por este motivo, a era Cenozóica é designada a era dos mamíferos.
Os primatas constituem um grupo diversificado, que formam estruturas sociais complexas. A
separação dos continentes, principalmente da Eurásia e da América, levou a duas grandes
linhas evolutivas de primatas: do lado Oeste do Rift numa floresta húmida teria originado os
gorilas e os chimpanzés actuais, enquanto do lado Este, numa zona mais estéril e plana, teria
originado o Homem.
O processo evolutivo é actualmente interpretado em termos de genética de populações. As
populações são a unidade evolutiva, co nsiderando-se que existe evolução sempre que a
frequência de genes na dita população se altera significativamente. No entanto, do ponto de
vista ecológico, uma população corresponde apenas a um conjunto de indivíduos que ocupa
uma dada área geográfica num dado momento. Este tipo de definição facilmente se deduz que
não pode servir como unidade evolutiva pois não implica que os seres se reproduzam,
condição fundamental para a mudança genética. Por esse motivo, à unidade evolutiva
convencionou-se chamar população mendeliana, ou seja, uma comunidade de indivíduos
(diplóides) de uma espécie com reprodução sexual, no seio da qual ocorre reprodução
cruzada. É formada, portanto, por indivíduos relacionados por acasalamento, descendência ou
ascendência.
Os genes que constituem o fundo genético – conjunto de todos os genes presentes numa
população num dado momento - são transmitidos de geração em geração, ao acaso e em novas
combinações de alelos. Dos diversos factores que podem alterar a composição genética das
populações as mutações, migrações e a selecção natural serão talvez as mais importantes.
Pode considerar-se que a variabilidade genética (vários alelos para um gene, por exemplo) é
consequência da acumulação de mutações pois estas dão origem a alterações quali tativas ou
quantitativas no material genético e podem ser de dois tipos: mutação genica e mutação
cromossomica. As primeiras provocam alterações muito pequenas que não afectam os
cromossomas de maneira visível (substituição de bases ou adição de nucleótido s na molécula
de DNA), as segundas alteram de maneira visível ao microscópio, seja o número, seja a
estrutura dos cromossomas. Apesar de tudo as mutações são raras e não alteram o sentido da
evolução, apenas criam variabilidade e quando uma nova combinação de alelos raros
consegue superiorizar-se ao alelo comum, há tendência para alastrar pela população ao longo
de muitas gerações e, com o tempo, tornar -se a nova forma genética. A selecção natural é o
processo chave que age sobre a casualidade da mutação e selecciona as características
apropriadas para melhorar a adaptação dos organismos. A selecção natural é eficaz em
eliminar as mutações mais destrutivas e preservar as benéficas. Quando o genótipo é alterado
gera-se um fenótipo diferente. Se a alteração fo r favorável os genes mutantes continuam a
espalhar-se se for desfavorável declinam e podem mesmo desaparecer totalmente. Como
fontes de variabilidade genética em populações que se reproduzem sexuadamente podem
referir-se a meiose e a fecundação: na meiose os genes de cromossomas homólogos
recombinam-se como resultado de crossing-over; colocação ao acaso de cada par de
cromossomas homólogos de um e de outro lado do plano equatorial do fuso acromático, o que
condiciona diferentes combinações de cromossomas de linha paterna e materna nas células -
filhas. Na fecundação é assegurada a união aleatória de uma grande variedade de gâmetas,
que são células haplóides geneticamente diferentes. Um distúrbio monogénico é aquele que é
determinado por um alelo específico num único loccus em um ou ambos os membros de um
par de cromossomas. O alelo variante, que surgiu por mutação em alguma época do passado
recente ou remoto, em geral é relativamente raro, substitui um alelo do tipo selvagem normal
em um ou ambos os cromossomas . Quando um indivíduo tem um par de alelos idênticos para
uma determinada característica, diz -se que é homozigótico; quando os alelos são diferentes, é
heterozigótico (ou portador).
Ao longo dos tempos novas espécies têm surgido, enquanto outras se tem e xtinguido.
Este fenómeno da multiplicação das espécies é designado por especiação. No séc. XX Ernst
Mayr definiu espécie como um conjunto de indivíduos que em condições naturais, são
fisiologicamente capazes de num dado lugar e momento, se cruzarem entre s i e produzir
descendência fértil, encontrando -se isolados reprodutivamente de outros conjuntos
semelhantes. Quando se deu a separação dos continentes as populações começaram a
acumular diferenças genéticas, por mutação, recombinação genética e selecção. A partir de
determinado momento a separação deixou de permitir o cruzamento entre as populações,
obtendo-se assim duas novas espécies por isolamento geográfico e reprodutor. Várias espécies
de Homo foram surgindo e evoluindo em diferentes direcções. Assim, c ertas características
foram preservadas devido à vantagem selectiva que conferiam aos seus portadores,
permitindo que um indivíduo deixe mais descendentes que os indivíduos sem essas
características. Os primatas do género Australopithecus apareceram entre 4 e 2 M.A. e uma
das características que mais influenciou a evolução humana foi o bipedismo que levou ao
surgimento de numerosas alterações tanto a nível evolutivo como morfológico. O Homem
libertou as mãos para manejar e desenvolver ferramentas com o cons equente desenvolvimento
do cérebro. Toda a estrutura óssea sofre alterações. Depois surge a capacidade de falar
(genética) e a linguagem (apreendida). Mais tarde os aspectos culturais constituem -se como
peça fundamental para o progresso humano em cada gera ção.


CONCLUSÃO
“Constituímos tão somente a ramificação sobrevivente de um arbusto outrora
exuberante” (GOULD, 1987, p. 55). O isolamento, originado por um acontecimento
geológico, foi a condição necessária para a especiação bem como para a manutenção do
estatuto de espécie. A selecção natural é o principal factor evolutivo que actua sobre a
variabilidade genética da população. Na verdade, a evolução biológica consiste na mudança
das características hereditárias de grupos de organismos ao longo das geraçõe s. Grupos de
organismos, denominados populações e espécies, são formados pela divisão de populações ou
espécies ancestrais; posteriormente, os grupos descendentes passam a modificar -se de forma
independente. Portanto, numa perspectiva de longo prazo, a Evolução é a descendência, com
modificações, de diferentes linhagens a partir de ancestrais comuns.


BIBLIOGRAFIA
 Http://www.simbiotica.org/evolucaohomem.htm , 12-12-2007
 Http://www.evolution.mbdojo.com/evolution -for-beginners.html, 12-12-2007
 FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. 2 a ed. Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de
Genética, 1993
 BRAND, L. R. & GIBSON, J. "An inter ventionist theory of natural selection and
biological change within limits." Origins, 2: 60 - 82, 1993
 BACELAR – Nicolau, P., Azeiteiro, U.M. (2001). Introdução à Biologia .
Edições da Universidade Aberta, Lisboa, Portugal
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