Ciencias da Analise Comportamental
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Ciencias da Analise Comportamental

O comportamento é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido.Assim este forum foi criado para debates, apresentação de artigos, praticas de analise e etc..
 
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 Comportamento Operante

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Admin.Mauricio
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Comportamento Operante Empty
MensagemAssunto: Comportamento Operante   Comportamento Operante Icon_minitimeSáb maio 15, 2010 9:38 pm

Há tempo é sabido que o
comportamento é afetado por suas
conseqüências. Nós recompensamos e
punimos pessoas, por exemplo, e então
elas se comportarão de maneiras
diferentes. Um efeito mais específico de
uma conseqüência foi inicialmente
estudado por Edward L. Thorndike em um
experimento bastante conhecido. Um gato
trancado em uma caixa esforçava-se para
escapar e, eventualmente, movia a trava
que abria a porta. Quando trancado
repetidamente nessa caixa, o gato
gradualmente parava de fazer aquelas
coisas que tinham provado ser ineficazes
("erros") e eventualmente emitia a resposta
bem-sucedida rapidamente.
No condicionamento operante, o
comportamento também é afetado por suas
conseqüências, mas o processo não é de
aprendizagem por tentativa-e-erro. Isso
pode ser mais bem explicado com um
exemplo. Um rato faminto é colocado em
uma caixa semi-isolada acusticamente. Por
diversos dias, pedaços de alimento são
ocasionalmente apresentados em uma
bandeja por um alimentador automático. O
rato em breve vai à bandeja imediatamente
após ouvir o som do alimentador. Uma
seção horizontal pequena de uma barra
que se projeta da parede tem repousado
em sua posição mais baixa, mas agora é
ligeiramente levantada de modo que
quando o rato a toca, ela move-se para
baixo. Ao mover-se ela fecha um circuito
elétrico e opera o alimentador automático.
Imediatamente após comer o alimento
apresentado, o rato começa a pressionar a
barra bastante rapidamente. O
comportamento foi fortalecido ou reforçado
por uma única conseqüência. O rato não
estava "tentando" fazer nada quando
inicialmente tocou a barra e não aprendeu
de seus "erros".
Para um rato faminto, a comida é um
reforçador natural, mas o reforçador nesse
exemplo foi o som do alimentador, que foi
condicionado como reforçador quando foi
repetidamente seguido pela apresentação
da comida antes de a barra ser
pressionada. De fato, o som desta
operação do alimentador poderia ter um
efeito observável mesmo que nenhum
alimento fosse apresentado nesta ocasião,
mas quando o alimento não se segue mais
à pressão à barra, o rato eventualmente
para de pressionar. Diz-se que o
comportamento foi extinto.
Um operante pode ficar sob o controle de
um estímulo. Se pressionar a barra é
reforçado quando uma luz está ligada, mas
não quando está desligada, a resposta
continua a ser emitida na presença da luz,
mas raramente - se ocorrer - no escuro. O
rato formou uma discriminação entre a luz
e o escuro. Quando se liga a luz, uma
resposta ocorre, mas não é uma resposta
reflexa.
A barra pode ser pressionada com
diferentes intensidades de força, e se
somente respostas fortes são reforçadas, o
rato pressiona mais e mais fortemente. Se
somente respostas fracas são reforçadas,
ele eventualmente responde somente de
forma muito fraca. O processo é chamado
diferenciação.
Uma resposta deve inicialmente ocorrer por
outras razões antes de ser reforçada e se
tornar um operante. Pode parecer que uma
resposta muito complexa poderia nunca
ocorrer para ser reforçada, mas respostas
complexas podem ser modeladas
reforçando-se suas partes componentes
separadamente e colocando-as juntas na
forma final do operante.
O reforçamento operante não apenas
modela a topografia do comportamento,
mas mantém a sua força muito após um
operante ter sido formado. Esquemas de
reforçamento são importantes na
manutenção do comportamento. Se uma
resposta tem sido reforçada por algum
tempo somente a cada cinco minutos, por
exemplo, o rato logo para de responder
imediatamente após o reforçamento, mas
responde mais e mais rapidamente
enquanto o tempo para o próximo
reforçamento se aproxima. (Isto é chamado
esquema de reforçamento em intervalofixo.)
Se uma resposta tem sido reforçada
na média a cada cinco minutos, mas de
modo imprevisível, o rato responde em
uma taxa constante. (Iso é um esquema de
reforçamento em intervalo-variável.) Se o
intervalo médio for curto, a taxa é alta; se
for longo, a taxa é baixa.
Se uma resposta é reforçada quando um
dado número de respostas foi emitido, o
rato responde mais e mais rapidamente à
medida que o número requerido se
aproxima. (Isto é um esquema de
reforçamento em razão-fixa.) O número
pode ser aumentado em estágios fáceis até
um valor muito alto; o rato continuará a
responder mesmo quando uma resposta for
muito raramente reforçada. O "pagamento
por taxa produção" na indústria é um
exemplo de um esquema de razão-fixa, e
os empregadores são às vezes tentados a
"esticá-los" através do aumento da
quantidade de trabalho requerida por cada
unidade de pagamento. Quando o
reforçamento ocorre após um número
médio de respostas, mas de maneira
imprevisível, o esquema é denominado
razão-variável. Isto é familiar nas máquinas
de apostas e nos sistemas que arranjam
pagamentos ocasionais, mas imprevisíveis.
O número requerido de apostas pode ser
facilmente esticado, e, em um
empreendimento de apostas como um
casino, a razão média deve ser tal que o
apostador perca a longo prazo, para que o
casino obtenha seu lucro.Os reforçadores podem ser positivos ou
negativos. Um reforçador positivo reforça
quando é apresentado; um reforçador
negativo reforça quando é removido.
Reforçamento negativo não é punição. O
reforçamento sempre fortalece o
comportamento; isso é o que
"reforçamento" significa. A punição é
utilizada para suprimir o comportamento.
Ela consiste na remoção de um reforçador
positivo ou na apresentação de um
negativo. Ela freqüentemente parece
operar por condicionamento de
reforçadores negativos. A pessoa punida,
daí em diante, atua de maneiras que
reduzam a ameaça de punição e que sejam
incompatíveis com (e por conseguinte
tomem o lugar do) comportamento punido.
A espécie humana é distinta pelo fato de
que suas respostas vocais podem ser
facilmente condicionadas como operantes.
Existem muitos tipos de operantes verbais
porque o comportamento deve ser
reforçado apenas através da mediação de
outras pessoas, e essas pessoas fazem
muitas coisas diferentes. As práticas de
reforçamento de uma dada cultura
compõem o que é chamado de linguagem.
Essas práticas são responsáveis pela
maioria das conquistas extraordinárias da
espécie humana. Outras espécies
adquirem comportamento dos outros
através de imitação e modelação (elas
mostram aos outros o que fazer), mas elas
não podem dizer aos outros o que fazer.
Nós adquirimos a maior parte do nosso
comportamento com este tipo de auxílio.
Nós seguimos conselhos, prestamos
atenção a avisos, observamos regras e
obedecemos a leis, e o nosso
comportamento fica então sob o controle
de conseqüências que poderiam, de outra
forma, não ser efetivas. A maior parte do
nosso comportamento é muito complexa
para ter ocorrido pela primeira vez sem tal
auxílio verbal. Seguindo conselhos e
respeitando regras nós adquirimos um
repertório muito mais extenso do que seria
possível através de um contato solitário
com o ambiente.
Responder porque o comportamento tem
tido conseqüências reforçadoras é muito
diferente de responder seguindo conselhos,
respeitando regras e obedecendo a leis.
Nós não seguimos conselhos devido às
conseqüências particulares que se
seguirão; nos os seguimos somente
quando seguir outros conselhos de fontes
similares já tenha tido conseqüências
reforçadoras. No geral, nós estamos muito
mais fortemente inclinados a fazer coisas
se elas já tiveram conseqüências
reforçadoras imediatas do que se nós
tivermos sido meramente aconselhados a
fazê-las.
O comportamento inato estudado pelos
etólogos é modelado e mantido por sua
contribuição à sobrevivência do indivíduo e
das espécies. O comportamento operante é
modelado e mantido por suas
conseqüências para o indivíduo. Ambos os
processos possuem características
controversas. Em nenhum dos dois parece
haver lugar para um plano prévio ou para
propósitos. Em ambos, a seleção substitui
a criação.A liberdade pessoal também parece
ameaçada. É somente o sentimento de
liberdade, contudo, que é afetado. Aqueles
que respondem porque seus
comportamentos foram positivamente
reforçados usualmente sentem-se livres.
Eles parecem fazer o que eles querem
fazer. Aqueles que respondem porque o
reforçamento tem sido negativo e que
estão conseqüentemente evitando ou
escapando da punição estão fazendo o que
eles devem fazer e não se sentem livres.
Essas distinções não envolvem o fato da
liberdade.
A análise experimental do comportamento
operante tem levado a uma tecnologia
geralmente denominada modificação do
comportamento. Ela geralmente consiste
em alterar as conseqüências do
comportamento, remover as conseqüências
que têm causado problemas ou arranjar
novas conseqüências para
comportamentos aos quais tem faltado
força. Historicamente, as pessoas têm sido
controladas primariamente através de
reforçamento negativo, ou seja, elas têm
sido punidas quando não fazem o que é
reforçador para aqueles que podem punilas.
O reforçamento positivo tem sido
menos freqüentemente utilizado, em parte
porque seu efeito é levemente atrasado,
mas ele pode ser tão efetivo quanto o
reforçamento negativo e possui muito
menos subprodutos indesejáveis. Por
exemplo, estudantes que são punidos
quando não estudam podem estudar, mas
eles podem também se manter longe da
escola (cabular aulas), depredar as
propriedades da escola, atacar os
professores ou teimosamente não fazer
nada. Redefinir os sistemas escolares para
que o que os estudantes façam seja mais
freqüentemente positivamente reforçado
pode fazer uma grande diferença.
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